Eleições europeias. Mais de metade dos eleitores optou por votar em mobilidade
Mais de metade dos eleitores que votaram nas eleições europeias optou fazê-lo fora da sua mesa de voto habitual, de acordo com dados provisórios avançados hoje à Lusa pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
Os valores incluem os votos antecipados em mobilidade e todos os eleitores que não exerceram o seu direito na mesa onde se encontravam recenseados, adiantou a mesma fonte.
Os números avançados são ainda provisórios e estão a ser atualizados com base na votação no estrangeiro, faltando ainda alguns consulados por apurar.
Pela primeira vez, e por a eleição europeia ser de círculo único, foi possível votar em qualquer mesa de voto no país ou no estrangeiro, bastando apresentar o documento de identificação civil. A operação exigiu a desmaterialização dos cadernos eleitorais.
O MAI não dispõe ainda dos dados da votação em mobilidade por distribuição geográfica e remeteu para o que está previsto na lei que criou este regime excecional, ou seja, será a Comissão Nacional de Eleições (CNE) a fazer o relatório sobre o voto em mobilidade, no prazo de três meses.
A mesma lei prevê que a secretaria-geral do MAI contratará uma auditoria para avaliar a robustez, segurança e fiabilidade do sistema de cadernos eleitorais desmaterializados e remeterá ao Governo, ao parlamento e à CNE os resultados, no prazo de seis meses após a eleição.
As eleições para o Parlamento Europeu realizaram-se no domingo, dia 9 de junho, para eleger 21 deputados portugueses.
Estavam recenseados 10,8 milhões de eleitores e a taxa de abstenção registada no domingo foi de 63%, ainda segundo os dados provisórios.